Frase do Dia


"Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda." Paulo Freire

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mercadante: escola não pode ficar à margem da evolução tecnológica

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira que a velocidade tecnológica é muito maior do que a capacidade que a escola tem de processá-la. Apesar disso, segundo ele, a escola não pode ficar à margem da evolução tecnológica.
Na semana passada, Mercadante anunciou que o Ministério da Educação (MEC) vai investir, este ano, cerca de R$ 150 milhões na compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo.
"Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor", disse Mercadante. Para isso, o MEC já formou mais de 300 mil professores em tecnologias da comunicação e informação, em cursos de 360 horas. Além disso, o serviço de internet banda larga foi instalado em 52 mil escolas públicas urbanas.
Com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas terão acesso, por meio dos tablets, a conteúdos educacionais colocados à disposição no Portal do Professor. São aproximadamente 15 mil aulas, criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC.
Além disso, o ministério oferece o Banco de Objetos Educacionais e o Domínio Público, que entre outras obras dispõe da coleção Educadores. Na Fundação Lemann, são traduzidas aulas de matemática, física, biologia e química elaboradas pelo professor indiano Salman Khan, responsável por desenvolver material pedagógico com abordagens inovadoras.
Computador interativo
O MEC também ampliará a distribuição do computador interativo, equipamento que reúne projetor, microfone, DVD, lousa e acesso à internet. Unidades desse computador já foram distribuídas nas escolas de ensino médio. No segundo semestre, chegarão os tablets, em modelos de sete ou dez polegadas, coloridos, com bateria para até seis horas, peso abaixo de 700 g, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo e conteúdo pré-instalado, entre outras características.
Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo, elas permitirão ao professor trabalhar o conteúdo disponível em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador.
Projeto-piloto
A entrega dos equipamentos digitais a professores e escolas integra o projeto Educação Digital - Política para Computadores Interativos e Tablets. Ele surgiu para oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas relativos ao uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem.

Entre 2008 e 2011, o MEC criou o projeto-piloto Um Computador por Aluno (UCA), com a aquisição de computadores portáteis para estudantes da rede pública. Essa compra fez parte do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo Integrado), integrante da política nacional de tecnologia educacional do MEC, destinado a promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio, com a oferta de infraestrutura, capacitação e conteúdos educacionais.
De acordo com o MEC, em 2008 - em fase experimental - o projeto foi implementado em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Piraí (RJ) e Palmas. Em uma segunda fase, foram adquiridos 150 mil computadores para estudantes de 380 escolas da rede pública. A infraestrutura de acesso à internet sem fio foi instalada à medida que os computadores eram entregues. Posteriormente, professores receberam capacitação para uso do equipamento e da tecnologia no processo pedagógico escolar. Os municípios e estados ficaram responsáveis por dar continuidade ao projeto.
Em 2010, numa terceira etapa, o projeto¿piloto evoluiu para o Programa Um Computador por Aluno (Prouca), com apoio do Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). A partir de então, estados e municípios puderam adquirir os equipamentos portáteis de empresa selecionada por edital. Ao todo, foram comprados 375 mil computadores por 372 municípios. A avaliação de equipes de pesquisadores de 27 instituições de ensino superior norteará a continuidade do programa.
Terra

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

III CONGRESSO DE LÍNGUA PORTUGUESA: Falares Amazônicos Pesquisa e Ensino


O Grupo de Estudos Lingüísticos do Oeste do Pará – GELOPA, coordenado pela Profa. Dra. Ediene Pena Ferreira e vinculado à Universidade Federal do Oeste do Pará- UFOPA, foi criado em março de 2008 e cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. O grupo reúne professores, pesquisadores e alunos de graduação e de pós-graduação do oeste do Estado do Pará, com o propósito de discutir fenômenos relacionados à linguagem, tendo por base o paradigma funcionalista.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Brasil tem 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola; inclusão deve acontecer até 2016

Do UOL, em São Paulo

No Brasil, 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da escola. A falta de atendimento escolar é mais acentuada entre crianças de 4 a 5 anos (1.156.846 estão fora da educação infantil) e jovens de 15 a 17 anos (1.728.015). Os dados, com base no resultado preliminar do Censo de 2010, foram trabalhados e divulgados nesta terça-feira (7), pelo movimento Todos pela Educação.
Segundo a Emenda Constitucional nº 59, do ano de 2009, o governo tem até 2016 para garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade.
"Essas crianças e jovens que ainda estão fora da escola é a população mais difícil e complicada de atender e garantir [sua permanência]", afirmou Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação.
Se forem observadas as taxas por Estado, percebem-se diferenças muito acentuadas. Enquanto o Piauí atende 93,8% da população entre 4 e 17 anos, o Acre atende apenas 85%. Para Priscila Cruz, "a desigualdade educacional talvez seja o problema sistêmico maior que temos no país".

Entre 2000 e 2010 houve um aumento de 9,2% nas taxas de acesso à escola. Entretanto, nenhum Estado brasileiro conseguiu atingir a meta intermediária de atendimento escolar para 2010, estipulada pelo movimento. Até 2022, 98% ou mais das crianças e jovens de 4 a 17 anos deverão estar matriculados e frequentando a escola.

VEJA AS TAXAS DE ATENDIMENTO ESCOLAR DA POPULAÇÃO DE 4 A 17 ANOS EM 2000 E 2010 EM TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS

EstadoTaxa de atendimento de 2000 (%)Meta para 2010 (%)Taxa de atendimento de 2010 (%)
Acre71,690,685
Alagoas78,292,289,9
Amapá82,292,688,9
Amazonas719285,5
Bahia8493,392,2
Ceará87,194,392,7
Distrito Federal8894,493,2
Espírito Santo83,19391,2
Goiás83,592,789,9
Maranhão82,393,192,3
Mato Grosso79,692,389,4
Mato Grosso do Sul80,492,489,6
Minas Gerais83,893,491,8
Pará79,291,788,7
Paraíba84,693,692,2
Paraná81,792,690,5
Pernambuco8392,891,5
Piauí84,493,993,8
Rio de Janeiro87,995,193,2
Rio Grande do Norte87,193,992,8
Rio Grande do Sul82,591,989,1
Rondônia73,990,387,3
Roraima84,993,586,9
Santa Catarina84,994,391,4
São Paulo86,494,793
Sergipe8593,693,2
Tocantins80,392,590,8
*Fonte: Todos pela Educação

Desigualdades

O Estado com maior número de alunos fora da escola é São Paulo, que também é o mais populoso – são mais de 607 mil potenciais estudantes fora das salas de aula. O Estado com menos crianças e jovens fora da escola é Roraima, com 18.286.

A região Norte registrou o maior aumento de frequência: 14,2%. O Sudeste teve a menor taxa de crescimento, 8%, e apresenta os maiores números absolutos de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola: mais de 1,2 milhão. Mesmo com o baixo crescimento, a maior taxa de atendimento é verificada no Sudeste (92,7%), e a menor, no Norte (87,8%).

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